
O Partido dos Trabalhadores tentou, mas não conseguiu obter o empréstimo de urnas eletrônicas para a eleição interna da sigla, marcada para o dia 6 de julho em todo o país. Assim, os votos vão ser registrados em cédulas de papel. A contagem, para a apuração do resultado, vai ser manual.
O pedido para viabilizar o voto eletrônico foi feito, inicialmente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que informou que a demanda deveria ser direcionada aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada estado.
Alguns deles concordaram em ceder as urnas. Outros, não. O TRE-ES, por exemplo, entende que os equipamentos podem ser emprestados apenas a "entidades públicas organizadas e instituições de ensino", como preconiza a Resolução nº 22.685, do TSE:
"Art. 1º Poderão ser cedidos, a título de empréstimo, urnas e sistema de votação específico a entidades públicas organizadas e instituições de ensino, para utilização em eleições parametrizadas, assegurando-se-lhes o apoio e o e necessários à realização do pleito, com vista a difundir os serviços desenvolvidos pela Justiça Eleitoral e garantir a livre manifestação da comunidade."
"O PT é uma entidade privada", respondeu o TRE-ES, via assessoria de imprensa, ao ser questionado pela coluna.
A Lei 9.096/1995 define que partido político é "pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal".
"Nós fizemos um pedido ao TRE. Infelizmente, o Tribunal negou a cessão de urnas eletrônicas. Em alguns estados, os tribunais regionais cederam. Fizemos um recurso, solicitamos novamente, mas não foi possível", contou a presidente estadual do PT, deputada federal Jack Rocha, em entrevista à coluna.
"Como o TSE não consegue fornecer urnas eletrônicas em todos estados e cidades onde haverá votação, chegamos à conclusão de que é melhor fazer com cédulas para ficar igual no Brasil inteiro", afirmou o secretário-geral nacional do partido, Henrique Fontana, ao G1.
O Processo de Eleição Direta (PED) vai definir os comandos nacional, estaduais e municipais da sigla. Os membros das chapas concorrentes vão compor os diretórios de acordo com a proporção de votos recebida. Os presidentes vão ter mandato de quatro anos.
Todos os filiados ao partido podem votar para escolher a cúpula partidária, em todas as esferas.
No Espírito Santo dois nomes estão na disputa: Jack Rocha e o deputado estadual João Coser.
No cenário nacional, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva é o favorito para conquistar a presidência do partido. Ele é apoiado por Lula. Os outros candidatos no páreo nacional são: Rui Falcão, Romênio Pereira, Valter Pomar e e Dani Nunes.
O PT é o segundo partido com maior número de filiados no Espírito Santo, são 32.628, de acordo com dados do TSE, de abril de 2025.
Fica atrás apenas do MDB, que tem 36.112 filiados registrados no estado.
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